Uma das mais talentosas e produtivas escritoras da literatura brasileira contemporânea. A escritora gaúcha Leticia Wierzchowski conta de forma singular sobre a trajetória de homens e mulheres que fizeram parte da história do Brasil, principalmente daqueles que lutaram pelo Rio Grande do Sul.
Depois do sucesso do romance de “A casa das sete mulheres”, veio “Um farol nos pampas” e mais recentemente chegou às livrarias “Travessia”, o último volume da Trilogia Farroupilha, que traz o foco para o romance entre Anita e Giuseppe Garibaldi.
Em entrevista exclusiva Leticia Wierzchowski fala sobre suas obras e também sobre Turismo e suas experiências.
JF: Ao finalizar a trilogia com o romance Travessia, como você analisa o resultados destas obras históricas?
Leticia Wierzchowski: Escrevo meus romances pois tenho muito amor pela ficção. É uma maneira de passar histórias para pessoas e viverem um contexto que não poderiam viver. Algumas histórias eu acho que são interessantes, que tem que ser contadas e revividas. O resultado é de satisfação pessoal, temos Érico Veríssimo, Josué Guimarães que possuem trilogias no RS e fico feliz de ter feito uma também, com mais de 1600 páginas de romance.
JF: Fale um pouco sobre Travessia e seu enredo?
LW: Travessia é a história dos dez anos que Giuseppe Garibaldi e Anita passam juntos, ou seja, desde o instante que saem da casa das sete mulheres, atravessam o pampa puxando ambos os barcos, atravessando o pampa nas carretas de bois e chegam a Laguna. Vivem 10 anos juntos, até o dia em que Anitta morre. É a história dos 10 anos que viveram juntos, as guerras que lutaram e seu perfil inovador pois estavam a frente do seu tempo.
JF: Vemos em sua obras cenários de fundo que são hoje atrativos turísticos muito conhecidos nacionalmente como Gramado, Cambará, Laguna, por exemplo. Acredita que suas obras despertam o interesse pelo leitor em conhecer estes locais?
LW: Acho que toda a vez que a arte é bem sucedida ela instiga as pessoas a irem adiante, a série A Casa das Sete Mulheres, inspirada no meu romance, movimentou o turismo de vários lugares do Sul do Brasil. Até hoje alguns turistas da Europa vem para cá para conhecer os cenários onde foi feita a minissérie. Tenho certeza que a leitura é um estímulo ao turismo.
JF: Tens como mensurar a abrangência de suas obras no Brasil e no exterior, principalmente a Casa das Sete Mulheres?
LW: A obra Casa Das Setes Mulheres já foi publicada em mais de dez países, fundamentalmente distribuída nos países de língua espanhola. A série de televisão já teve exibição em 40 países, em lugares exóticos como Irã e a China, por exemplo. O alcance é impressionante.
JF: Como resumiria suas produções até aqui?
LW: Escrevo um romance porque alguma coisa me instiga a contar uma história e logo em seguida quero começar a contar algo novo. Eu já tenho 27 livros, alguns infantis e outros infanto-juvenil, mas o que mais gosto é a ficção adulta.
JF: Você é uma turista ativa?
LW: Sou uma turista, não viajo o tempo inteiro porque trabalho muito nos romances, mas tenho muito prazer em viajar.
JF: Qual o seu destino turístico favorito?
LW: Um destino que eu gosto muito é o Uruguai, gosto de atravessar a fronteira e ficar lá quando tenho tempo.
JF: Pela sua experiência em viagens, como analisa o Turismo no Brasil?
LW: O Turismo no Brasil está crescendo, vejo que pode ainda crescer muito. A Serra Gaúcha como um todo é um exemplo de Turismo bem sucedido. Viajo muito pelo Brasil e todo mundo fica me perguntando pela Serra Gaúcha.
JF: Pode citar qual o seu destino favorito quando se fala em Gastronomia? E quando se fala em cultura?
LW: Quando o assunto é gastronomia destaco Punta del Leste. Quando o tema é cultura cultura eu indico a Europa.
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