O trade turístico que visitar a 4ª edição do Espaço Acessibilidade do FESTURIS 2016, em Gramado, no Rio Grande do Sul, poderá saber mais a respeito do trabalho realizado pelos cães-guia através da Escola Helen Keller. De 3 a 6 de novembro, durante a feira de negócios turísticos, os visitantes poderão conhecer alguns dos filhotes que estão em treinamento além de cães já treinados e entregues gratuitamente pela instituição a deficientes visuais, como é o caso do cão Rama que vive na cidade de Bento Gonçalves (RS).
“O FESTURIS Gramado traz o Espaço de Acessibilidade como um dos destaques da feira desde o ano de 2012. E, anualmente, trazemos novidades para integrar o público de pessoas com necessidades especiais para destinos turísticos. Percebemos a importância que os países dão à acessibilidade ao turismo e não poderíamos deixar esse nicho de fora. Por isso ficamos muito felizes em ter a presença da Escola de Cães Guias Helen Keller nesta edição uma vez que sabemos a importância do trabalho para auxiliar na independência de deficientes visuais”, explica a assessora comercial da FESTURIS Gramado Andréa Oliveira.
“Nossa missão, além de apresentar a Escola para nosso público é informar sobre a Lei Federal nº 11.126 que dá autorização ao livre acesso de cães guias a locais de uso coletivo e privado, como em hotéis, restaurantes, entre outros ambientes”, complementa.
Mesmo em vigor há mais de dez anos ainda é muito comum socializadores, treinadores, instrutores e, até mesmo deficientes visuais, acompanhados de cães-guia em treinamento ou já formados serem barrados em estabelecimentos ou sofrerem algum tipo de constrangimento.
“Tivemos inúmeros relatos e situações vividas por nossos voluntários e clientes em que foi negado o acesso com o cão a determinado estabelecimento. O que as pessoas precisam saber é que todo cão-guia, seja ele aprendiz ou já formado, possui uma identificação que o autoriza a entrar em qualquer lugar de uso coletivo ou privado. Ou seja, não é um cão ou mascote comum. Ele atua como os olhos do deficiente visual auxiliando na sua mobilidade e independência. Por isso a participação de eventos como esse é muito importante para disseminar essa informação”, ressalta o presidente da Escola Helen Keller Enio Gomes.
A falta de informação pode estar atrelada ao pequeno número de cães que guiam hoje no Brasil. Segundo informações não oficiais estima-se que menos de 150 cães realizam este trabalho enquanto a população cega ou com baixa visão chega a mais de 6 milhões. Entre as poucas escolas ou centros de treinamento que fazem este trabalho no país sem fins lucrativos, está a Helen Keller que é responsável pelo treinamento, entrega e acompanhamento de deficientes visuais e cães-guia para a região sul. Somente em sua lista de espera estão cadastradas mais de 3 mil pessoas.
Sobre a Escola Helen Keller
A escola é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, sediada em Balneário Camboriú, SC, e a primeira escola da América Latina ligada à Federação Internacional de Cão-Guia. Desde a sua fundação em 1993 já foram entregues 21 cães-guia. Em julho de 2016 foi inaugurada a primeira sede própria e a expectativa é de que com a nova estrutura sejam entregues cerca de 30 cães-guia por ano. Os deficientes visuais recebem o cão-guia gratuitamente. Para poder continuar com os treinamentos a escola depende de patrocínios e doações. Entre no website da instituição e saiba como ajudar.
Mais informações: http://www.caoguia.org.br/
preencha seu e-mail abaixo